CONVÍVIO NO BADOCA SAFARI PARK
O convívio promovido pela ACRENARMO - Associação Cultural e Recreativa dos Naturais e ex-Residentes de Moçambique (Sede em Leiria) - anunciado nos últimos meses no seu Blogue e amplamente divulgado noutros sítios da Internet e através de e_Mails dirigidos aos associados, realizou-se de acordo com o programa.
Com efeito, no passado sábado, dia 17, com temperatura razoável para a época, um grupo de associados (não tão grande como se previa e desejava), marcou presença naquele que é o maior e mais atraente Parque Zoológico do País, situado na região de Sines, em pleno Alentejo.
Muito conhecido já, o Badoca Safari Park reune um conjunto de condições que constituem atractivo tanto para adultos como crianças. Para além de um bom número de espécies bravias e até domésticas de várias origens, dispersas em largos espaços ou confinadas em cercados adequados, existem ali algumas atracções onde os visitantes podem passar bons momentos de lazer intercalados com os programas oferecidos pelo Park como são os shows de apresentação de aves de rapina, sessão de alimentação dos simpáticos lémures e o Safari Aventura que é o ponto alto da visita.
Integrado numa extensa quinta - a Herdade da Badoca -, o Badoca Safari Park reune excelentes condições para albergar animais selvagens oriundos sobretudo de paises de climas quentes dado que o Alentejo também é pródigo nestas temperaturas. Por outro lado, a quinta em causa é bastante arborizada com predominância de sobreiros, pinheiros bravos e eucaliptos, o que proporciona sombra suficiente para proteger os animais nas horas de maior calor.
Para além do prazer de participar em mais um convívio de naturais e ex-residentes de Moçambique, promovido pela ACRENARMO, este despertou-me o maior interesse desde o momento em que foi anunciado justamente por ser realizado num local que ainda não conhecia e que há muito queria visitar. O facto de ser um parque de vida animal, só por si, era suficiente para ter a curiosidade de o conhecer. Mas havia também o desejo de conhecer este projecto que foi iniciado há mais de duas dezenas de anos por um particular amigo, o saudoso Rui Quadros, natural e antigo caçador-guia de Moçambique, recentemente falecido (notícia AQUI).
Por outro lado, sabia que o Badoca Safari Park (que era apenas um pequeno embrião do actual projecto deixado pelo seu fundador), havia sido transformado radicalmente pelo conhecido empresário Francisco Simões de Almeida, um entusiasta que ali tem construído uma obra notável, de investimentos avultados e se fez rodear de bons profissionais que executam as múltiplas tarefas do Park com a competência que nos foi dado observar durante a visita.
Para um país sem tradição neste tipo de empreeendimentos e exploração da respectiva indústria, o Badoca Safari Park está anos luz à frente dos vários mini parques zoológicos espalhados por aí, alguns sem condições sequer para albergarem determinados animais que lá se encontram em condições impróprias. Por isso é digno de registo o muito de positivo que ali me foi dado observar, que não sendo, no seu todo, o Parque ideal como tantos outros fora do continente africano, é um local que merece o respeito de quem o visita pois ali se aprende muito em matéria do conhecimento e comportamento da vida animal.
Sem ter condições para me pronunciar sobre o futuro desenvolvimento do Badoca Safari Parque, queria aproveitar esta oportunidade para deixar aqui o meu voto de que o mesmo seja progressivamente melhorado no que respeita à introdução de mais e novas espécies, sobretudo oriundas dos países africanos que são as que melhor fazem recordar o passado de uma faixa bem significativa de portugueses que são aqueles que viveram em Angola e Moçambique. Para além, evidentemente, de se tornar cada vez mais didático no conhecimento da juventude pela famosa fauna bravia dos países que nós administramos durante cerca de cinco séculos.
Para quem viveu em África, uma visita ao Badoca Safari Park é, na verdade, um passeio que nos faz reviver tempos bons pois ali existem coisas comuns: animais, clima e, até, a poeira das picadas!
Uma palavra de agradecimento ao dinâmico presidente da ACRENARMO, Paulo Batista, por mais esta louvável iniciativa!
Uma palavra de incitamento a todos aqueles que, ligados ou não à ACRENARMO, participem nas iniciativas desta que é a única Associação de Naturais e ex-residentes de Moçambique no país. O exemplo das presenças em convívios anteriores, como foi o de Leiria, no ano passado, para comemorar o 25º aniversário da Associação, deve ser seguido para continuarmos a recordar Moçambique e a manter viva a chama da solidariedade que tanto nos caracteriza e até causa inveja a muita gente!
Outros eventos estão a ser programados e o 26º aniversário é um deles!
Melhor que as palavras, o Álbum de fotografias do evento dá uma ideia do excelente dia passado no principal Parque Zoológico do País!
Clique na fotografia abaixo!
Saudações amigas!
Amor-Leiria, 19 de Julho de 2010
Celestino Gonçalves
3 comments:
Meu Caro Celestino;
---Graças a si e a alguns como o Sr. a divulgação da beleza de África é notada por todos os que não tiveram o privilégio de lá viver!
Nós, por lá, víamos centenas de rolas nas cidades, por cá...tudo serve para dar ao gatilho. As gerações futuras,se não houver atenção e interessados, não faço ideia do que ainda possam ver???
Parabéns pelo vosso belo trabalho.
Pitas.
Obrigado Pitas!
Se tiver oportunidade veja a Postagem 81 que aborda a questão da Serra da Gorongosa, um dos mais belos ecossistemas de todo o continente africano!
Um abraço!
Celestino
Post a Comment