05 August 2011

100 - PNG APOIA CAMPANHA A FAVOR DAS CRIANÇAS



PNG acolhe Nick North e a Corrida Norte-Sul

Nicolas North (Nick como é mais conhecido) é um cidadão de origem Britânica que ostenta a nacionalidade Irlandesa e iniciou no dia 20 de Junho último uma corrida a partir do rio Rovuma, norte de Moçambique. Ele está a correr todo o País de Norte ao Sul por uma causa nobre: as crianças de Moçambique.


Nick junto do local que assinala a picada de entrada para o PNG

A sua corrida enquadra-se no âmbito de angariação de fundos que irão financiar parte de actividades da CONCERN Worldwide em Moçambique.

A CONCERN Worldwide é uma organização não governamental internacional que, depois de um acordo assinado entre esta ONG e o governo de Moçambique, tem vindo a trabalhar na assistência humanitária em Moçambique desde 1987.

No vasto leque de actividades desenvolvidas pela CONCERN Worldwide, os fundos angariados pelo desafio do Nick servirão para financiar programas de educação de mais de 120 escolas em Moçambique, especialmente com o objectivo de facilitar o acesso e a melhoria de qualidade de ensino para raparigas e crianças das famílias mais carenciadas.


Nick em plena corrida, já muito perto da entrada para o PNG

Tendo já percorrido mais de metade do território nacional, Nick escalou o Parque Nacional da Gorongosa onde vai ficar por duas noites a fim de poder recuperar as energias para o resto do percurso que o espera até à Ponta de Ouro, na Província de  Maputo.

Nesta corrida ao longo do território nacional, o Nick conta com três acompanhantes a tempo inteiro. Hendrik Pott, do PNG, é um dos acompanhantes selecionados para este grande evento humanitário. Hendrik Pott e o seu assistente, Filipe Rassai, estão com o Nick desde Murrupula. Os dois seguirão com o Nick até Muxúngue onde o senhor Greg Pickett os substituirá no cuidado do Nick.


Da esquerda para a direita: Hendrik Pott, Nick North e Filipe Rassai no cruzamento do PNG

Para mais informações sobre a CONCERN Worlwide, a Corrida Norte-Sul e respectiva angariação de fundos ver aqui

Domingos Muala
Departamento de Comunicação do PNG

NOTA À MARGEM
A presente notícia foi-nos enviada pelo Dr. Vasco Galante, director de Comunicação e Turismo do PNG, a quem agradecemos mais este gesto de nos manter informados acerca do que se passa naquele Parque.

Saudações amigas!
5 de Agosto de 2011
Celestino Gonçalves

24 July 2011

99 - GORONGOSA - ARTIGO DE MIA COUTO




A Natureza Não Tem Pequenos

A revista "M de Moçambique" dedicada ao Turismo, Cultura, Sociedade e Desporto (com artigos em Português e Inglês) publicou um interessante artigo sobre a Gorongosa escrito por Mia Couto, o conhecido biólogo e escritor Moçambicano.

O artigo intitula-se "A Natureza Não Tem Pequenos" e começa assim:
"A procura dos Cinco Grandes Mamíferos é o grande chamariz para os turistas que visitam os parques naturais de África. As áreas de conservação que não incluam estas cinco espécies estão em desvantagem clara como foco de atracção. É pena que se mantenha esta hegemonia dos chamados "Big Five". Na realidade este critério deixa de fora, injustamentem alguns dos encontros mais gratificantes com o mundo natural. A verdade é esta: também neste contacto com a natureza o tamanho não é documento."

Para aceder ao artigo clique na imagem abaixo.


NOTA À MARGEM:
Não é a primeira vez que o consagrado escritor Mia Couto escreve sobre a Gorongosa realçando as suas belezas naturais e a sua riqueza faunística. Este é mais um artigo que revela a grande paixão que o biólogo e escritor tem pela Natureza e particularmente pelo maravilhoso santuário da vida bravia de Moçambique!

Saudações amigas!
Julho de 2011
Celestino Gonçalves

11 July 2011

98 - AS CHITAS VOLTARAM À GORONGOSA




As Chitas Regressaram ao Parque Nacional da Gorongosa


09.07.11 - Parque Nacional da Gorongosa

Os novos hóspedes, acabados de chegar ao Parque Nacional da Gorongosa (PNG), são provenientes da vizinha África do Sul, um dos locais que tem vindo a contribuir para reforçar o rápido crescimento animal na Gorongosa. 

Recorde-se que o PNG já recebeu búfalos, bois-cavalos (gnus), elefantes e hipopótamos todos transladados de áreas de conservação da África do Sul ou do Parque Nacional do Limpopo.
O Administrador do PNG, Mateus Mutemba e o Director de Conservação do PNG, Carlos Lopes Pereira segurando duas das novas chitas do Parque

Depois de um longo período de negociações entre as autoridades do PNG e a ONG “Modgaji Conservation and Rehabilitation Projects”, entidade que trabalha em estreita ligação com o governo da Cidade de Cabo, na África do Sul, Carlos Lopes Pereira (Director de Conservação e médico-veterinário do PNG) assumiu a gestão do processo de transladação dos quatro felinos que farão dos tandos da Gorongosa uma autêntica pista para os animais mais velozes da selva.

A primeira chita sai do avião que a transportou ao colo do veterinário T. Potgieter

A operação de transporte concretizou-se com a chegada por via aérea das quatro chitas tendo os trabalhadores do PNG e os turistas presentes na pista de aterragem do Acampamento de Safaris de Chitengo tido a oportunidade única de observar a forma cuidada e profissional como uma equipa de apaixonados pela fauna bravia desceu as chitas, ainda entorpecidas, do avião e as depositou nos jipes do PNG, que rapidamente as  transportaram para o seu local de quarentena (conhecido por “boma”, um recinto vedado especialmente construído e adaptado para as chitas por uma dedicada equipa de trabalhadores do PNG).

... e é cuidadosamente colocada no jipe do PNG que a transportará para a "boma"

Will van Duyn, responsável pela “Modgaji”, instituição que ofereceu as chitas ao PNG, prestou-nos as seguintes declarações:

"Estou ligado à conservação há mais de 20 anos. Conservamos as chitas e lutamos para que estes animais regressem à liberdade na selva. Adoro trabalhar com animais, embora a nossa experiência em conservação nos ensine que em matéria de transladação de animais existem sucessos assim como retrocessos, sobretudo por trabalharmos com animais selvagens. Nunca é uma operação fácil...
Gosto da conservação e gosto de animais porque estou consciente de que é a melhor coisa a fazer. Na minha opinião, libertar animais de volta para a selva é melhor opção. Mantê-los presos em gaiolas é péssima atitude...
"

Já na “boma”, Will van Duyn (ajoelhado) conversa com o veterinário Sul-africano e com o pessoal do PNG, sendo observado por membros da sua família

"Assim que regressarmos para a África do Sul, iremos envidar mais esforços para trazermos mais chitas para o Parque Nacional da Gorongosa. Estas quatro chitas constituem apenas o primeiro grupo que abriu as portas para muitas chitas na Gorongosa..." argumentou Will van Duyn, cuja instituição para alem de oferecer as quatro chitas, promete trazer mais destes animais para o Parque Nacional da Gorongosa.

Esta operação foi possível graças a um conjunto de boas vontades, que incluíram um piloto dos famosos “Bateleurs” (pilotos ambientalistas que servem a causa da conservação de forma gratuita), um veterinário e dois assistentes (todos provenientes da África do Sul) que acompanharam as chitas durante toda a viagem.

Os custos envolvidos foram suportados pelo filantropo Allan Friedland, que nos disse o seguinte:

"Andei por muitas áreas de conservação na África do Sul. Não gostei do que tenho visto. Os animais são tratados como se fossem um instrumento ou uma bicicleta que quando avaria se deita fora. Eu creio que os animais merecem todo o respeito e bom trato. Merecem levar uma vida livre e não encurralada. Sempre vivi com essa dor de ver animais apenas instrumentalizados. Quando ouvi que o Will tencionava devolver alguns animais à liberdade em plena selva, decidi contribuir para esta causa justa de animais contribuindo com dinheiro. 

Allan, o filantropo que custeou a operação de transporte, segura uma das chitas

Uma vez instaladas no local de quarentena, detectou-se que uma das chitas não sobreviveu à complexa operação de transporte devido a um incidente ocorrido durante a imobilização do animal ainda em solo Sul-africano.

Will van Duyn, confirmou o facto e afirmou que: 

Pautar por fazer o que nós fazemos e  que é dar a liberdade aos animais que dela necessitam acarreta riscos. Por isso, digo que a nossa operação foi um sucesso pois temos três chitas vivas. Doeu o coração perder a quarta chita na operação mas se tivéssemos que deixar de poder devolver estas chitas para a selva seria ainda pior. De qualquer das formas, esta operação abriu um grande espaço e mais chitas serão transladadas para a Gorongosa.

Membros da equipa do PNG que construíram a “boma” onde as chitas cumprirão o seu período de quarentena

A todos os que contribuíram para a concretização desta operação o nosso bem haja!

Domingos Muala
Departamento de Comunicação do PNG




NOTA À MARGEM


Esta e outras medidas que vêm sendo implementadas nos últimos seis anos no Parque Nacional da Gorongosa, fazem com que este maravilhoso santuário da vida bravia de Moçambique volte muito em breve aos seus gloriosos tempos em que era considerado o melhor e mais belo de África!


Parabéns a toda a equipa de restauração encabeçada pelo mundialmente conhecido e estimado, o  filantropo americano Greg Carr!


Obrigado ao amigo Dr. Vasco Galante pelo envio de mais esta  preciosa notícia!


Saudações amigas!

12 de Julho de 2011

Celestino Gonçalves



05 July 2011

97 - GORONGOSA EM RITMO ACELERADO


A edição Sul-africana de Junho da revista National Geographic Traveller dedicou bastante espaço a Moçambique e obviamente o Parque Nacional da Gorongosa mereceu o devido destaque.

O jornalista Patrick Cruywagen escreveu um artigo intitulado "Gorongosa Rises Again" que termina da seguinte forma:

"O Parque Nacional da Gorongosa e a Serra da Gorongosa impressionaram-me muito. Esta é uma história que precisa de ser contada a todos. A Gorongosa está de novo pronta para receber turistas e para reclamar o lugar a que tem direito entre os grandes parques Africanos."
Para aceder ao artigo clique na imagem abaixo.




NOTA À MARGEM

A presente notícia acaba de nos ser enviada pelo Dr. Vasco Galante, director de comunicação e turismo do Parque Nacional da Gorongosa, que habitualmente nos dá conta dos acontecimentos mais relevantes que vão  acontecendo neste maravilhoso santuário da vida bravia de Moçambique, em reabilitação galopante desde 2005 sob a batuta do filantropo americano Greg Carr.

Parabéns à direcção, equipa técnica e trabalhadores que tornaram possível, num tão  curto espaço de tempo, os progressos já ali  alcançados!

Saudações amigas

5 de Julho de 2011

Celestino Gonçalves 




13 June 2011

96 - GORONGOSA - O HIPOPÓTAMO COM CHAPÉU

1979 - Paul Dutton

 
O hipopótamo com chapéu
 
"Esta imagem foi tirada com uma máquina Pentax 35 mm da era pré-digital numa lagoa sazonal criada no verão pelo alagamento das planícies aluviais do Urema. Eu estava a ensinar o pessoal do parque com o Fernando Costa na escola de formação que tinha sido criada no acampamento de Chitengo, do Parque da Gorongosa. Enquanto obtínhamos amostras de peixes para estudo para um dos nossos projectos de trabalho de campo, um determinado hipopótamo separou-se de um grupo de cerca de 20, e apareceu à tona da água como fosse uma "matrona" com um chapéu alto e estivesse a provar diferentes estilos florais. Mas depois de ter gasto quase todo o rolo de 36 imagens, em apenas uma delas é que o hipopótamos apareceu com um chapéu que lhe ficava mesmo bem e proporcionou-me esta oportunidade de obtenção de uma fotografia única. O chapéu florido em questão é na realidade uma praga aquática invasora denominada Jacinto-de-água ou Eichhornia crassipes a qual foi introduzida nos ecossistemas húmidos de África a partir da América do Sul. Embora esta planta seja uma séria praga que impede a água de fluir e que causa excessivo consumo de oxigénio em detrimento da restante fauna aquática, incluindo os peixes, era uma espécie de salada para um animal que tem a capacidade de consumir 50kgs de erva diariamente. Também os Babuínos se aventuram em águas infestadas de crocodilos para apanhar e comer as suas atractivas flores cor-de-malva. A imagem acima teve uma carreira que se pode comprovar aparecendo primeiramente como a capa da revista da "Wildlife Society of South Africa" e mais tarde impressa em grandes "posters" que pude observar nas mais diversas residências. Quando o diapositivo original me foi devolvido pela gráfica fui surpreendido pelos cortes à volta da face do hipopótamo. Os fotolitos originais desapareceram misteriosamente da gráfica  e pude ver mais tarde a imagem exaltando as atracções faunísticas das áreas de conservação da África do Sul e do Botswana e até, imaginem,  publicitando um sabão para a barba! O danificado diapositivo do hipopótamos ficou esquecido numa gaveta durante muito tempo, acumulando bolor, até que uma "cirurgia digital" sarou a profunda ferida. No entanto, a característica do animal que mais me marcou foi não o chapéu mas sim o seu olhar de descontentamento como que a antecipar a guerra que se avizinhava e em que a abundante e variada fauna bravia do Parque Nacional da Gorongosa iria alimentar as facções combatentes durante 12 anos. Os hipopótamos que atingiam o número de  6.000 por todo o parque ficaram reduzidos a menos de 20, quando levei a cabo a primeira contagem aérea em 1994, depois de terem cessado as hostilidades. Todo o perímetro à volta do lago Urema estava pejado de ossos esbranquiçados de hipopótamos cuja carne e marfim tinham ajudado a sustentar uma guerra em que não houve vencedores. Voltei ao parque em algumas missões patrocinadas pela "IUCN - World Bank / GEF", inicialmente para assistir ao processo de reabilitação através da reocupação do parque e do combate à caça furtiva. A desminagem era a grande prioridade incluindo naturalmente a pista de aterragem de Chitengo que se tinha transformado num pedaço de savana com árvores sólidas, e que era o local de onde anteriormente levantávamos voo para as nossas contagens aéreas da fauna bravia.  

A reabilitação no que respeita à recuperação da fauna bravia era um processo lento mas ultimamente a boa sorte sorriu ao parque graças ao envolvimento do filantropo e conservacionista Greg Carr cuja dedicação e paixão tem trazido de volta o Parque da Gorongosa ao lugar que merece e que já foi seu: um dos melhores de África."

- Paul Dutton (*)

(*) Conservacionista e piloto de diversas contagens aéreas da fauna bravia da Gorongosa, desde 1968
             


NOTA DO SIGNATÁRIO:

Esta pequena história, que acaba de me ser enviada pelo Dr. Vasco Galante, director de Comunicação do Parque Nacional da Gorongosa, vem corroborar o que escrevi no Capº I das minhas memórias - Os meus primeiros contactos com a fauna bravia de Moçambique -, publicado em Março do ano 2000 no meu site pessoal, relativamente  à foto do "Hipopótamo com chapéu" e ao seu autor Paul Dutton, que na altura me facultou e autorizou a publicação da mesma foto. Recordo esse apontamento a título de colaboração nesta pequena peça de um grande puzzle que está a ser ordenado com vista à construção da HISTÓRIA do famoso Santuário da Vida Bravia de Moçambique:

 "Paul Dutton, conhecido ecologista sul africano que desde 1968 tem desempenhado em Moçambique tarefas muito valiosas no âmbito da conservação dos recursos naturais em geral e da fauna bravia em particular, tirou esta foto na lagoa Mareza, Parque Nacional da Gorongosa, em 1979, altura em que os efectivos desta espécie, neste Parque, rondavam os 6000 animais. Neste momento apenas 4 ou 5 dezenas se encontram ali! Esta foto, pela sua originalidade, foi premiada na África do Sul e mereceu a escolha de muitas revistas que a tornaram conhecida mundialmente. Apareceu ainda em cartazes e posteres de organizações de protecção à fauna.

Paul Dutton foi recentemente galardoado, em Johannesburg, com o prémio "Audi-Terra Nova", importante distinção a nível mundial atribuída anualmente a indivíduos que se destacam na protecção do meio ambiente e da fauna bravia.
Agradeço-lhe a cedência da foto e autorização para a publicar! "

Saudações amigas!
14 de Junho de 2011

Celestino Gonçalves





17 May 2011

95 - GORONGOSA NA SAFARI INTERACTIVE TRAVEL MAGAZINE

A "Safari Interactive Travel Magazine" apresentou recentemente o seu número inaugural.
Por favor veja a história da Gorongosa na página 8 com o título "Ready, Steady, Gorongosa!"
http://africageographic.com//safari/#1/8
        Saudações amigas
Celestino Gonçalves


06 May 2011

94 - GORONGOSA - CENSO DA POPULAÇÃO ANIMAL




Acaba da ser divulgado o último censo dos animais do Parque Nacional da Gorongosa, cujos números são francamente positivos para a maiorias das espécies, com destaque para búfalos, changos, elefantes, gondongas, impalas, cudos, inhalas, imbabalas, oribis, palapalas, facoceros e inhacosos. De salientar que esta última espécie - inhacoso -  já ultrapassou em alguns milhares o número máximo do último censo do período colonial, facto que demonstra que o trabalho de restauração do Parque tem sido excelente sobretudo a partir de 2005, ano em que ali se iniciou o projecto da Fundação Carr, do filantropo americano Greg Carr.

Os nossos parabéns a toda a equipa do Projecto de Restauração do PNG, que ali desenvolve a árdua tarefa de tornar a Gorongosa no maravilhoso santuário da fauna bravia que foi no passado e que devido à guerra civil que grassou durante 16 anos esteve à beira da extinção!


Reproduz-se abaixo o comunicado recebido através do Dr. Vasco Galante, um dos destacados membros da equipa do projecto financiado por Greg Carr, a quem agradecemos: 


Censo de Fauna Bravia no Parque Nacional da Gorongosa

Uma equipa de especialistas do Parque Nacional da Gorongosa efectuou um censo da fauna bravia em Novembro de 2010. Trata-se da segunda vez que esta contagem e estimativa de animais, utilizando meios aéreos, foi efectuada desde que se iniciou o Projecto de Restauração da Gorongosa.

Alguns dos membros da equipa que participou na contagem aérea

As contagens aéreas que permitem estimar o número total de grandes mamíferos e a distribuição da fauna bravia efectuam-se de três em três anos. Esta informação é complementada com contagens efectuadas por via terrestre levadas a cabo por colaboradores do PNG  e por estudantes das universidades locais ao longo dos 120 km de picadas do Parque Nacional da Gorongosa. 

As contagens aéreas requereram 30 horas e cobriram as zonas principais do Parque e também, pela primeira vez, a Serra da Gorongosa, que recentemente foi incorporada no Parque. Os resultados mostram uma sólida recuperação do número das espécies de ungulados nas zonas principais do Parque (ver a tabela abaixo).  



* nas zonas principais do Parque
** translocados para o Santuário
*** os que foram libertados do Santuário estão excluídos
**** Hipopótamos, Zebras, Leões e Elandes não estão incluídos


A taxa de aumento anual é de 13.3% (39.8% em 3 anos). O aumento dos números dos Bois-Cavalos e Búfalos reintroduzidos, que foram mantidos para adaptação e reprodução na área protegida do Santuário de Fauna Bravia do Parque, é muito encorajador. Uma preocupação dos gestores da conservação está ligada à falta de recuperação dos grandes felinos e de outros carnívoros. 



Exemplo de uma manada de pala-palas recenseada

Existe alguma esperança em relação a uma auto-recuperação de zebras e elandes em função desta contagem aérea. Por outro lado a distribuição da fauna bravia revelou um sério impacto da caça furtiva em algumas zonas do Parque. 

Indelizmente, na Serra da Gorongosa, só foram identificados mamíferos domésticos. As contagens aéreas na Serra da Gorongosa foram usadas para efectuar um recenseamento das habitações e das clareiras florestais na área recentemente declarada como protegida. 



Exemple de clareira na floresta húmida de montanha da Serra da Gorongosa

Particular atenção irá requerer a lenta recuperação dos hipopótamos no contexto de um Lago Urema muito assoreado bem como a reduzida área de movimentação dos elefantes devido à presença de comunidades humanas dentro do Parque.

 Gorongosa Flowers                         Gorongosa Landscape

                                            


Gorongosa Wildlife                          Gorongosa Birds
                                             








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Saudações amigas

6 de Maio de 2011

Celestino Gonçalves