Apresentação do Parque Nacional da Gorongosa
08.12.12 - Lisboa
O Parque Nacional da Gorongosa esteve ontem "presente" em Lisboa! Este foi um evento bastante participado, restrito à imprensa e aos profissionais da indústria turística, organizado em conjunto com a Embaixada de Moçambique em Portugal e com o Grupo Visabeira.O caso do Parque Nacional da Gorongosa foi apresentado enquanto exemplo de promoção do equilíbrio ambiental, do desenvolvimento social e do progresso económico e turístico. Foram oradores neste evento: o Embaixador da República de Moçambique em Portugal, Jacob Jeremias Nyambir, o Presidente da Fundação “Gorongosa Restoration Project”, Greg Carr, o Administrador do Parque Nacional da Gorongosa, Mateus Mutemba e o Vice-presidente do Grupo Visabeira SGPS, SA., Paulo Varela.
Mateus Mutemba, durante a sua apresentação do caso do Parque Nacional da Gorongosa
Greg Carr, Presidente do "Gorongosa Restoration Project"
Embaixador de Moçambique, Jacob Nyambir
Paulo Varela, Vice-Presidente do Grupo Visabeira
Fim de citação
* * *
Para além das personalidades mencionadas no texto da notícia acima inserida, a comitiva do Parque Nacional da Gorongosa incluía ainda, para além de Greg Carr, Bernardo Beca Jofrisse e Mateus Mutemba, o director do Departamento dos Serviços Científicos Dr. Marc Stalmans e o director do Departamento de Conservação (também gestor do programa de reflorestamento da Serra da Gorongosa), Engº Pedro Muagura. Este último tem um respeitável palmarés ao nível do reflorestamento de áreas degradadas, com mais de 100 milhões de árvores plantadas!
Como convidado de honra esteve também presente no cocktail de apresentação do PNG o Secretário de Estado da Cooperação e Negócios Estrangeiros, Dr. Luís Pereira.
Nunca é demais recordar - e isso foi abordado nesta cerimónia - que o PNG, outrora considerado o mais belo santuário da fauna bravia de África, quer pela beleza das suas múltiplas paisagens, quer pela diversidade e quantidade das espécies que albergava, foi palco de massacres da sua fauna durante os 16 anos de guerra civíl (1977/1992) e nos dois anos que se seguiram ao acordo de paz (1992/1994), este último período com consequências devastadoras pois houve uma corrida desenfreada das populações e de caçadores furtivos que levaram quase à extinção os animais do Parque.
Após a sua reocupação, em 1994, por parte das autoridades e técnicos dos serviços da fauna bravia, e durante os dez anos seguintes, todo o esforço ali desenvolvido sob a chefia de dois dos mais competentes técnicos moçambicanos de fauna, Baldeu Chande e Roberto Zolho, apoiados em financiamentos nacionais e estrangeiros, aliás pouco significativos e nem sempre correctamente utilizados, não traduziu os benefícios e a recuperação que era de esperar num tão alargado período de tempo.
Felizmente que em 2004 se verificou uma reviravolta na Gorongosa, graças à visita que o americano Greg Carr ali fez, levado pela mão do próprio Roberto Zolho após uma primeira visita que este filantropo havia efectuado à Reserva do Maputo. De tal maneira ficou impressionado com o que viu no Parque que decidiu desde logo financiar e dirigir, sem fins lucrativos, um projecto para a sua restauração, que já leva 8 anos de existência e muitos dos 40 milhões de dólares que a tal destinou já investidos.
Não estando ainda recuperadas algumas espécies como o elefante, o búfalo, o boi-cavalo, o leão, a zebra e o elande, cujos efectivos vêm progredido mas lentamente, a verdade é que outras, como hipopótamos, palapalas, crocodilos, gondongas, impalas, inhacosos, changos, oribis, facoceros, porcos vermelhos, inhalas, imbabalas e macacos, a situação é boa e até ultrapassa os efectivos de outros tempos, como é o caso dos inhacosos, facoceros, oribis, porcos, imbabalas e Inhalas. Inclusive, o Projecto tem promovido a reintrodução de algumas das espécies com mais dificuldade de recuperação, como elefantes, búfalos, bois-cavalo, hipopótamos e chitas, uma medida que também tem por objectivo a melhoria da reprodução das espécies traumatizadas ou definhadas biológicamente.
Entretanto, a Gorongosa mantém a sua exuberante avifauna, ali representada por variadíssimas espécies cuja observação delicia os visitantes. Destacam-se aves lindíssimas desde o mais pequeno beija-flor aos grous coroados, sécuas, gansos do nilo, garças, pelicanos, galinhas kangas e d´água, patos, cegonhas, águias, calaus, roleiros e centenas de outras espécies já catalogadas.
Esta história tem sido contada em todo o mundo, através dos mais variados meios de comunicação, com destaque para documentários cinematográficos de consagradas estações de TV e da National Geographic, destacando-se o já famoso filme "África´s Lost Eden" que obteve vários prémios em festivais internacionais e catapultou para a ribalta o nome de Greg Carr.
Paralelamente, o Projecto de Restauração da Gorongosa tem vindo a desencadear outras formas de divulgação, nomeadamente através de mostras em feiras de promoção do turismo em diversos países, incluindo Portugal, onde se faz representar, desde 2007, na Bolsa de Turismo de Lisboa.
Destinada a uma audiência específica - comunicação social e profissionais da indústria turística -, esta apresentação teve a presença de uma vasta audiência, sempre muito atenta aos pormenores dos oradores a quem não regatearam efusivos aplausos. Mateus Mutemba, cuja intervenção revelou ter uma rara sensibilidade para os problemas da conservação da vida bravia em geral e do PNG em particular, causou nos presentes a melhor das impressões e a sensação de que o cargo de administrador do Parque está em boas mãos.
Como convidado de honra esteve também presente no cocktail de apresentação do PNG o Secretário de Estado da Cooperação e Negócios Estrangeiros, Dr. Luís Pereira.
Nunca é demais recordar - e isso foi abordado nesta cerimónia - que o PNG, outrora considerado o mais belo santuário da fauna bravia de África, quer pela beleza das suas múltiplas paisagens, quer pela diversidade e quantidade das espécies que albergava, foi palco de massacres da sua fauna durante os 16 anos de guerra civíl (1977/1992) e nos dois anos que se seguiram ao acordo de paz (1992/1994), este último período com consequências devastadoras pois houve uma corrida desenfreada das populações e de caçadores furtivos que levaram quase à extinção os animais do Parque.
Após a sua reocupação, em 1994, por parte das autoridades e técnicos dos serviços da fauna bravia, e durante os dez anos seguintes, todo o esforço ali desenvolvido sob a chefia de dois dos mais competentes técnicos moçambicanos de fauna, Baldeu Chande e Roberto Zolho, apoiados em financiamentos nacionais e estrangeiros, aliás pouco significativos e nem sempre correctamente utilizados, não traduziu os benefícios e a recuperação que era de esperar num tão alargado período de tempo.
Felizmente que em 2004 se verificou uma reviravolta na Gorongosa, graças à visita que o americano Greg Carr ali fez, levado pela mão do próprio Roberto Zolho após uma primeira visita que este filantropo havia efectuado à Reserva do Maputo. De tal maneira ficou impressionado com o que viu no Parque que decidiu desde logo financiar e dirigir, sem fins lucrativos, um projecto para a sua restauração, que já leva 8 anos de existência e muitos dos 40 milhões de dólares que a tal destinou já investidos.
Não estando ainda recuperadas algumas espécies como o elefante, o búfalo, o boi-cavalo, o leão, a zebra e o elande, cujos efectivos vêm progredido mas lentamente, a verdade é que outras, como hipopótamos, palapalas, crocodilos, gondongas, impalas, inhacosos, changos, oribis, facoceros, porcos vermelhos, inhalas, imbabalas e macacos, a situação é boa e até ultrapassa os efectivos de outros tempos, como é o caso dos inhacosos, facoceros, oribis, porcos, imbabalas e Inhalas. Inclusive, o Projecto tem promovido a reintrodução de algumas das espécies com mais dificuldade de recuperação, como elefantes, búfalos, bois-cavalo, hipopótamos e chitas, uma medida que também tem por objectivo a melhoria da reprodução das espécies traumatizadas ou definhadas biológicamente.
Entretanto, a Gorongosa mantém a sua exuberante avifauna, ali representada por variadíssimas espécies cuja observação delicia os visitantes. Destacam-se aves lindíssimas desde o mais pequeno beija-flor aos grous coroados, sécuas, gansos do nilo, garças, pelicanos, galinhas kangas e d´água, patos, cegonhas, águias, calaus, roleiros e centenas de outras espécies já catalogadas.
Esta história tem sido contada em todo o mundo, através dos mais variados meios de comunicação, com destaque para documentários cinematográficos de consagradas estações de TV e da National Geographic, destacando-se o já famoso filme "África´s Lost Eden" que obteve vários prémios em festivais internacionais e catapultou para a ribalta o nome de Greg Carr.
Paralelamente, o Projecto de Restauração da Gorongosa tem vindo a desencadear outras formas de divulgação, nomeadamente através de mostras em feiras de promoção do turismo em diversos países, incluindo Portugal, onde se faz representar, desde 2007, na Bolsa de Turismo de Lisboa.
Foi no âmbito desta política de divulgação do Parque e visando cativar o interesse dos industriais do turismo do nosso país, que o evento do passado dia 7 se realizou, tendo como palco o restaurante Zambeze situado no bonito local da Calçada Marquês de Tancos, perto do Castelo de S. Jorge, em Lisboa, onde alcançou significativo sucesso.
Destinada a uma audiência específica - comunicação social e profissionais da indústria turística -, esta apresentação teve a presença de uma vasta audiência, sempre muito atenta aos pormenores dos oradores a quem não regatearam efusivos aplausos. Mateus Mutemba, cuja intervenção revelou ter uma rara sensibilidade para os problemas da conservação da vida bravia em geral e do PNG em particular, causou nos presentes a melhor das impressões e a sensação de que o cargo de administrador do Parque está em boas mãos.
Greg Carr, que já nos habituou a intervenções de grande paixão e envolvimento na sua tarefa de financiador e presidente do "Gorongosa Restoration Project", mais uma vez se revelou a figura que conquistou a simpatia não só dos moçambicanos mas também dos amantes da protecção da vida bravia de todo o mundo. Ele cativou todos os presentes pela sua simpatia e dedicação à causa do Parque, que envolve múltiplos problemas tanto relativos à sua restauração como santuário da vida bravia, mas, também e sobretudo, os relacionados com o bem estar das populações que ali residem e que rondam as duzentas mil pessoas.
A intervenção - a primeira da cerimónia - de Paulo Varela, vice-presidente do Grupo Visabeira, revelou-nos o grande entusiasmo desta conhecida empresa portuguesa pelo desenvolvimento do turismo no PNG e, também, os planos de novos empreendimentos em Moçambique, uma boa parte deles ligados igualmente ao sector do turismo.
O Embaixador de Moçambique, Jacob Jeremias Nyambyr, que irradiou simpatia e boa disposição, como é apanágio dos moçambicanos, cumpriu de forma exemplar o que compete a um responsável diplomático de um país com quem Portugal tem excelentes relações. Transmitiu-nos a confiança do seu governo nos responsáveis pela restauração do PNG, cujo apoio nas diversas vertentes é um compromisso assumido desde o início do Projecto da Fundação Carr (agora designado de "Gorongosa Restoration Project"), cujo presidente, Greg Carr, elogiou sem rodeios.
A convite da organização do evento, o Grupo de Amigos da Gorongosa (criado em Portugal, em 2007), esteve representado por cinco elementos do seu núcleo organizador, nomeadamente Maria José Coimbra, Jorge Faria, José Canelas de Sousa, Fernando Gil e Celestino Gonçalves. Por indisponibilidade, não puderam estar presentes os restantes dois elementos do mesmo núcleo, António Jorge da Silva e Graça Moreira.
Tivemos assim a oportunidade de assistir a uma cerimónia de alto significado para as pretensões que a parceria PNG/VISABEIRA pretende alcançar no campo promocional, social e económico da Gorongosa como destino turístico de eleição em Moçambique, tendo as intervenções dos oradores primado pela descrição, ao pormenor, das actividades ali em curso desde o início do projecto de restauração - Gorongosa Restoration Project -, em 2004, até ao presente e, também, dos planos para o futuro que abrangem grandes empreendimentos que vão permitir um turismo à escala dos mais desenvolvidos Parques de África, nomeadamente do famoso Kruger Park na África do Sul.
Ao mesmo tempo, os elementos do GAG puderam trocar impressões com muitos dos presentes, versando o tema Gorongosa, inteirando-se do entusiasmo que reinou à volta da delegação moçambicana, muito solicitada antes e depois das intervenções.
Tal oportunidade permitiu-nos rever esses amigos que agora nos visitaram e com eles registar os momentos agradáveis ali vividos em fotos como as que a seguir aqui deixamos.
Apresentamos os parabéns a toda a equipa do PNG e ao seu parceiro VISABEIRA, assim como à Embaixada de Moçambique em Portugal pelo sucesso deste evento e também o nosso agradecimento pelo convite que nos fizeram!
Ao mesmo tempo, os elementos do GAG puderam trocar impressões com muitos dos presentes, versando o tema Gorongosa, inteirando-se do entusiasmo que reinou à volta da delegação moçambicana, muito solicitada antes e depois das intervenções.
Tal oportunidade permitiu-nos rever esses amigos que agora nos visitaram e com eles registar os momentos agradáveis ali vividos em fotos como as que a seguir aqui deixamos.
Apresentamos os parabéns a toda a equipa do PNG e ao seu parceiro VISABEIRA, assim como à Embaixada de Moçambique em Portugal pelo sucesso deste evento e também o nosso agradecimento pelo convite que nos fizeram!
Apresentação do director da Conservação do PNG, Engº Pedro Muagura
Aspecto parcial da audiência,
com o cientista do PNG Dr. Marc Stalmans em primeiro plano
Entre os convidados estiveram presentes elementos do Grupo de Amigos da Gorongosa,
na foto com Greg Carr, Coronel Beca Jofrisse, Dr. Marc Stalmans e Engº Pedro Muagura
José Canelas, Angela Mendonça e Celestino Gonçalves com o Administrador do
Parque Nacional da Gorongosa, Mateus Mutemba
Lisboa, 9 de Dezembro de 2012
Celestino Gonçalves
4 comments:
Belíssima reportagem, muitíssimo bem feita com o saber e "carimbo" de Celestino Gonçalves! Adorei ver esta reportagem. Parabéns Tio Celestino. Um abração enorme a todos e um beijinho especial para o Tio.
Graça Moreira
Boa Celestino. Mais uma para ver e rever. Continuas em "good shape"
Abraço amigo
Albano Cortez
Obrigado Tio
Gostei de ver, mas a Tia?
Estas em muito boa forma como diz e bem o Banito.
Abraço
Caros Amigos,
Obrigado pelas palavras amigas!
De facto estou, finalmente, a atravessar uma fase boa no que à saúde diz respeito!
Espero estar assim no próximo encontro do Grupo de Amigos da Gorongosa, previsto para 2 de Março 2013. Aguardem notícias sobre este evento, a difundir brevemente.
Rogério,
A tia não esteve presente porque os convites abrangeram apenas os elementos do Núcleo Coordenador do GAG.
Um beijo à Graça e abraços ao Banito e Roger!
Celestino
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