Arte e Cultura: Malangatana enriqueceu o acervo
da humanidade - Presidente Guebuza no elogio
fúnebre ao pinto-mor em Matalana
Arte e Cultura: Malangatana enriqueceu o acervo
da humanidade - Presidente Guebuza no elogio
fúnebre ao pinto-mor em Matalana
Com a sua arte, ele levou a nação ao mundo e, através das suas obras enriqueceu o país e o acervo cultural e artístico da humanidade, factores que contribuíram para cristalizar a nossa auto-estima, a moçambicanidade e a universalidade do género humano. Considerou o Chefe do Estado.
Segundo Guebuza, pelas declarações de personalidades nacionais e estrangeiras, depoimentos de cidadãos anónimos bem como pelas homenagens em diferentes países, e pelas mensagens na cerimónia que decorreu ontem em Matalana “fica demonstrado que Malangatana é a proverbial bananeira da sabedoria dos moçambicanos, cujo último suspiro é a semente de uma nova bananeira.”
“A heroicidade do mestre Malangatana imortaliza-o. Aliás, uma nação que se preza, como a nossa pátria de heróis, não pode deixar um herói morrer”, vincou Guebuza, salientando que em vida, “o mesmo representou, na verdade, o percurso dos heróis que ousaram lutar e que nunca disseram “missão cumprida”. Mesmo depois da conquista da sacrossanta liberdade e independência continuam hoje a lutar para realizarem não apenas os seus sonhos individuais mas, e sobretudo, ideais mais sublimes do nosso heróico povo”, sublinhou.
Malangatana, segundo o Presidente, não esperou que alguém lhe carregasse nos ombros, para trepar o couqueiro social da vida e, em cada etapa da sua subida, tronco acima, soube agradecer e valorizar os vários braços que o tinham ajudado a trepar o couqueiro social da vida para, do seu alto, se inspirar no vasto mundo que lhe reclamava como seu cidadão.
Combatente pela libertação, filantropo e sempre disposto a partilhar o seu saber, o metre Malangatana, segundo o Chefe do Estado, ocupou vários cargos e recebeu diversos prémios a nível nacional e internacional. Malangatana Ngwenha Valente foi membro do Conselho de Estado, Ordem Eduardo Mondlane do 1º Grau, Medalha Nachingwea, deputado da Assembleia Popular, Patrono do Prémio FUNDAC – Malangatana, Artistas do Mundo contra o Apartheid das Nações, Ordem de Comendador das Artes e Letras (pelo Governo Francês), Doutor Honoris Causa (pelas Universidades A Politécnica e de Évora).
Por estes feitos, o Presidente Guebuza apelou a todos os presentes nas exéquias do mestre, para usarem a cerimónia no sentido de aprimorar o exemplo de vida do conceituado criador, da sua obra e da forma como procurou despertar e acarinhar o talento de muitos outros homens e mulheres, em Moçambique e a nível internacional.
Entretanto, antes do elogio fúnebre do Chefe do Estado, foram lidas mensagens de condolência da Universidade A Politécnica, Assembleia Municipal da Cidade do Maputo, Núcleo de Arte, Partido Frelimo e da comunidade de Matalana, no decurso do velório realizado no anfiteatro de Centro Cultura de Matelana.
Cerca des 11h50, a urna contendo os restos mortais de Malangatana foi colocada no coval, num acto acompanhado de um cerimonial militar que consistiu no toque de silêncio pelo terno de corneteiros e de salvas de canhão.
Assistiram à cerimónia cerca de quatro mil pessoas, entre entidades oficiais, civis e a população que acorreu ao local, para o último adeus ao mestre Malangatana.
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